Aquecimento global e a dengue

BLOGAGEM COLETIVA para a prevenção e conscientização da DENGUE.
Depois do assunto sério, tem um conto embaixo…

 

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Dia de blogagem coletiva. E nada mais sério para falar do que o combate à Dengue. Parece redundante, mas ainda vivemos à espreita desta epidemia. Incrível como as pessoas ainda não levam o assunto a sério…

Mais do que falar sobre a prevenção contra a dengue, acho importante ressaltar os riscos para o futuro. As previsões para a equação “aquecimento global + mosquitos transmissores de doenças” são alarmantes. Por isso, mais do que em qualquer outra época das nossas vidas, PREVENIR É ESSENCIAL. Principalmente com a quantidade de chuvas que temos tido.  

As alterações climáticas, como as chuvas mais intensas e persistentes na América do Sul, frutos do aquecimento global, aumentam o risco futuro de epidemias causadas por mosquitos. O aumento da temperatura global influi diretamente na expansão da dengue ao alterar a freqüência das chuvas.  Na Bolívia, por exemplo, imensas lagoas surgiram nos últimos três meses resultantes das chuvas na Amazônia. E estas lagoas têm alimentado a reprodução do mosquito transmissor da dengue.

O aquecimento global acelera o desenvolvimento do vírus, amplia a zona de influência do mosquito e sua capacidade de adaptar-se a temperaturas mais frias. Por isso é importante manter a prevenção, mesmo quando o termômetro indicar apenas 15 graus.

Existem previsões de que o planeta vai ter sua temperatura elevada em 4 graus centígrados nos próximos cinquenta anos. Isso pode parecer não tão amedrontador para nós, que estamos acostumados com o calor, mas para muitas espécies quatro graus significarão a extinção. Além disso, os países considerados “temperados”, com clima mais amenos, sofrerão o aquecimento, o que ajudará a propagação de mosquitos transmissores de doenças como a dengue.

O mais assustador é que em alguns países a temperatura não chegará a menos de 15 graus, não atingindo o frio suficiente que  mataria os mosquitos e suas larvas. Desse modo, com a temperatura sempre favorável, não haverá mais uma estação específica para os surtos de dengue. Os mosquitos que deveriam morrer no inverno, sobreviverão e procriarão para o próximo verão, em números cada vez maiores. E o aumento de temperatura no mundo fará com que a dengue apareça em países nunca antes cogitados.

No Brasil, foram registrados 79.732 mil casos entre janeiro e fevereiro deste ano, quase 30% a mais do que em igual período de 2006. Metade deles ocorreu no Mato Grosso do Sul, que faz limite com a Bolívia e o Paraguai. A variante hemorrágica afetou 55 pessoas, das quais seis morreram.

Uruguai e Canadá são os únicos países da América livres da dengue autóctone. “Os mosquitos transmissores são extremamente sensíveis à mudança climática”, disse no começo do mês o ministro argentino da Saúde, Ginés González García. “Os ventos, a temperatura e o regime pluvial são fatores decisivos para a sua propagação”, advertiu em uma viagem à fronteira com o Paraguai. O médico Alfredo Siejo, encarregado da unidade de dengue do Hospital Muniz, de Buenos Aires, especializado em enfermidades infecciosas, destacou que os focos de dengue coincidem com o momento de maior intensidade do El Niño, fenômeno climático periódico associado a flutuações da pressão atmosférica e da temperatura da superfície do Oceano Pacífico, que este ano afetou principalmente a Bolívia.

Desde a década de 70, na medida em que aumentava a temperatura global devido à mudança climática, as tempestades, chuvas e outros fenômenos extremos associados ao El Niño se tornaram mais freqüentes, intensos e persistentes. Existe risco de as alterações climáticas ampliarem a distribuição geográfica de doenças como dengue, malária, leishmaniose, mal de Chagas, e, ainda, que se prolongue a estação na qual os agentes transmissores dessas doenças se reproduzem.

Vale lembrar algumas coisas quase nunca citadas na prevenção:

– Quando descongelar a geladeira que não estiver sendo usada, seque-a por dentro com um pano. Eu já vi geladeira desligada ser berçário de mosquito!
– Vasos sanitários não usados também têm água parada!!! Se houver algum, mantenha sempre fechado e dê descarga regularmente.
– Água da chuva também acumula em poças que, se não secarem por um bom tempo, darão um ótimo jardim-da-infância de mosquitos! Jogue areia ou seque com um rodo.

A velha dica:

Preste atenção em qualquer coisa que possa acumular água parada. A natureza por si só já cria inúmeros locais para os mosquitos colocarem seus ovos: bromélias, lagoas, poças, troncos de árvore, etc. Temos que fazer a nossa parte e exterminar os possíveis berçários causados por nós!! Por isso, de olho nas garrafas, vasos, pneus, lonas, caixas d´água e qualquer situação que possa acumular água, mesmo no frio!!!!

* Fonte: http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=26773

4 comentários sobre “Aquecimento global e a dengue

  1. Meire disse:

    Mi, achei super interessante teu post, a cada blog aprendi algo novo. Nao sabia que o grande numero de casos no Mato Grosso era devido as aguas paradas na Bolivia, isso epxlica tudo.

    Muito obrigada por sua participaçao,
    Um beijo

    Meire

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